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14 DE MAR - Mata da Machada

Durante muitos meses o projeto Biodiscoveries foi sendo gerido com uma grande condicionante: em geral, as acácias não descascavam bem.
O descasque das árvores é tanto mais fácil quanto maior é a atividade da planta. Por isso, quando o frio é muito, ou quando a seca aperta, a árvore reduz muito a sua atividade e o descasque deixa de ser fácil.
Ainda não estamos no ponto de poder dizer que voltem à mata que está tudo resolvido, mas a julgar pelas fotografias da ribeira do Zebro, não estará longe o dia em que o descasque volte a ser uma atividade lúdica, fácil e útil.

Parte do tempo em que havia dificuldade de descasque foi usado na recuperação da vegetação natural, em especial, a criar condições para que a ribeira do Zebro volta a ser uma linha de água natural, e não a vala de escoamento em que foi transformada há muitos anos.

 

Como grande parte das acácias acompanham a ribeira - foram mesmo plantadas para ajudar o enxugo das terras – atuar sobre a ribeira e renaturalizar o seu leito é uma tarefa complementar ao controlo das acácias.

Um dia teremos uma mata mais rica, mais diversa, atravessada não apenas por uma vala que às vezes corre por entre uma massa de árvores de folha perene que impedem a penetração da luz e o desenvolvimento de outra vegetação, mas atravessada por todo um sistema natural, com zonas mais e menos alagadas, com salgueirais, com charcos temporários, com espécies de folha caduca e perene misturadas que deixam o sol de Inverno chegar ao solo.
É tempo de voltar à mata e ajudar a que tudo isto aconteça mais depressa.

 

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