Por todo o mundo existem milhares de pessoas que se envolvem em ações de voluntariado, dando o seu tempo, energia, conhecimentos e saber-fazer em prol de uma determinada causa. O voluntariado é um exercício de cidadania que agrega pessoas de diferentes idades, géneros, ideologias, situação profissional, em torno de uma vontade comum de contribuir numa área da sociedade.

Essa doação voluntária, não remunerada, é geralmente retribuída de forma qualitativa, em gratificação pessoal, motivação, aprendizagem, novas competências e laços profissionais ou sociais. A par desse retorno, as ações de voluntariado têm consequências diretas e visíveis na causa a que nos dedicamos, melhorando e fazendo a diferença na comunidade.

O Biodiscoveries é um projeto de controlo de espécies invasoras que assenta no voluntariado ambiental. Este projeto nasce da convicção de que no concelho do Barreiro existem muitas pessoas (e instituições) que estão dispostas a envolver-se em iniciativas para melhorar a qualidade de vida local e global.

O voluntariado ambiental permite atuar em várias áreas, uma vez que o equilíbrio ambiental é uma peça basilar na saúde e bem-estar social.

Conhecer o problema que se propõe minorar, é o primeiro passo para decidir combatê-lo. As espécies invasoras são pragas biológicas que substituem gradualmente a flora nativa do local onde são introduzidas. São consideradas a segunda maior causa de perda de biodiversidade do nosso planeta, uma vez que alteram drasticamente os ecossistemas e as cadeias alimentares instaladas.

Participar neste projeto é uma forma de ajudar a travar a perda de biodiversidade e disseminação de espécies invasoras na Reserva Natural Local do Sapal do Rio Coina e Mata Nacional da Machada, melhorando a qualidade de espaços que são de todos. Este objetivo é conseguido através do controlo da propagação de acácias e chorão-da-praia.

Quem pode participar?
Todos se podem envolver neste projeto. A participação será ajustada mediante o interesse ou disponibilidade de cada pessoa ou grupo. Também a idade ou condição física será pouco limitativa, uma vez que as ações são geralmente simples, com graus de dificuldade que se podem adequar em função da vontade e decisão dos voluntários.

Quando?

O ideal será sempre que necessário, sendo que o espaço de tempo entre uma intervenção e outra pode ser de várias semanas ou meses até novas plantas invasoras surgirem. Essa necessidade também vai decorrer do tempo dedicado em cada ação. Na prática, será quando for possível para os voluntários. Estes poderão ir supervisionando a necessidade de intervenção ou ser alertados pela equipa de técnica do projeto.

Qual o objetivo?
O objetivo é manter o talhão adotado livre de espécies invasoras e permitir a regeneração de espécies autóctones da floresta e matos mediterrânicos. O projeto tem um horizonte temporal de 5 anos mas a ligação dos voluntários ao espaço adotado poderá tornar-se mais duradoura, se assim o sentirem e desejarem.
Estas medidas vão contribuir para que se consiga promover a regeneração biológica destes espaços de forma mais equilibrada, favorecendo a manutenção da biodiversidade.